Voando pelas estrelas em Noctis: um simulador espacial único
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Voando pelas estrelas em Noctis: um simulador espacial único

Mar 21, 2024

No mundo dos videogames, as naves espaciais existem em todos os formatos e materiais. Pilotei naves espaciais feitas de ligas futurísticas e bolhas de energia, bem como naves construídas com pranchas de madeira e parafusos de metal. Mas foi só quando joguei Noctis, um “simulador espacial sonhador” desenvolvido por Alessandro Ghignola e lançado em 2000, que experimentei pilotar uma nave espacial feita inteiramente de vidro.

A espaçonave em Noctis, conhecida como Stardrifter, é um pedaço de quartzo polarizado com uma sala quadrada que lembra um jardim de inverno. Possui cúpulas de visualização no estilo Centerparcs que se projetam acima e abaixo. Os jogadores se referem afetuosamente ao Stardrifter como uma “caixa de gatos” devido à tradição do jogo, que afirma que ele é habitado pelos viajantes Feltyrion, considerados descendentes de gatos.

Quando você aperta o botão Despolarizar, a corrente elétrica que passa pelo casco da nave é desligada, tornando as paredes de vidro transparentes. Isto transforma o Stardrifter num prisma, criando uma exibição hipnotizante de luz colorida e refrações, com cada cor derivada da estrela mais próxima. A resolução de tela de 320×200 do jogo realça a beleza desses efeitos de refração, adicionando uma qualidade artística e tátil à experiência.

O Stardrifter não é apenas uma nave espacial, mas também uma tela. Comandos de texto para escanear corpos celestes e ativar o piloto automático da nave são exibidos na janela de visualização frontal, incorporando fontes Casio brancas entre as constelações. Apesar da complexidade da interface, com sua ampla janela exigindo rolagem e minimização, ela contribui para o conceito geral de Noctis como um jogo focado em brincar e explorar a natureza da luz e da visão.

Além de passear, Noctis oferece um ciclo de jogo visitando planetas, explorando suas superfícies e enviando nomes e descrições para um banco de dados da comunidade acessível dentro do jogo. O processo de pouso em um planeta envolve a seleção de um local de pouso em um mapa de pixels e o transporte para solo sólido, com as cúpulas de visualização do seu Stardrifter se unindo para formar uma nave de pouso.

A exploração da superfície do planeta é uma transição gradual do camarote para uma paisagem colorida e temperamental. De lajes minerais a terra raspada, piscinas líquidas brilhantes e vegetação, cada planeta oferece características únicas para investigar. No entanto, muitos dos planetas não possuem pontos de referência e suportam formas de vida visíveis, tornando a navegação um desafio. Os planetas áridos, reminiscentes da fotografia espacial do século XX, tornam-se cativantes à sua maneira.

Noctis, depois de 23 anos, continua sendo uma experiência incompleta, mas encantadora. Apesar dos seus gráficos desatualizados e da sua mecânica desajeitada, continua a cativar os jogadores com a sua abordagem única à exploração espacial e a beleza da sua nave espacial de vidro, lembrando-nos que, por vezes, são os momentos mais pequenos e menos glamorosos que deixam uma impressão duradoura.